quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Rã pintada da palestina




Origem

A rã pintada da Palestina vivia nos alagados do lago Cula, da fronteira entre Israel e Síria. Antigamente, esse era um lago pantanoso, um oásis para as rãs, entre os desertos que o circundavam. Ela era ativa principalmente à noite e durante o calor do dia ela se aninhava na areia molhada mantendo apenas sua cabeça para fora. Sua pele tinham manchas na cor ocre e ferrugem e a coloração de sua barriga era mais escura.


Comportamento

Ninguém sabe exatamente como viviam, pois somente cinco rãs pintadas da Palestina foram registradas, a primeira por volta de 1940. Só podemos presumir que essa espécie de rã comportava-se da mesma maneira que as outras rãs pintadas, cruzando-se no inverno e na primavera e pondo de 300 a 1.000 ovos que dois a dez dias depois a desova se transformavam em girinos e em menos de dois meses tornavam-se em rãs.


Extinção
Em 1948, a pátria judaica foi fundada em Israel. Após o holocausto os judeus quiseram se instalar na terra prometida e para lá se dirigiram de todas as partes do mundo. Com o afluxo de pessoas um novo e pequeno país precisou encontrar terra para habitações e para agricultura. Grande parte da terra era deserta e grandes rios eram necessários para a sua irrigação e para torná-la habitável. Os colonos iniciaram a grande tarefa de irrigar os desertos, desviando as águas do grande rio Jordão e construindo represas, aquedutos e canais.

Com o crescimento das colheitas em Israel, as margens do lago Cula, abastecidas pelo rio Jordão, foram secando e as rãs tinham que cavar cada vez mais fundo para se banhar na água em retirada. As águas continuaram a ser drenadas do lago aumentando as dunas de areia.

Em 20 anos, onde antes havia lagoas cheias de rãs agora só restava poeira. A água, o maior problema de Israel, estava escasseando, sendo algumas vezes importada da Turquia em enormes sacos plásticos. O berço da Rã Pintada da Palestina havia secado e elas não tinham para onde ir. 

A última delas, uma fêmea, foi capturada em 1955 pelo herpetólogo M. Costa. Ele a manteve viva num tanque por um ano mas infelizmente não conseguiu encontrar um companheiro para ela. Agora o lago Cula é um lago seco, que se transforma em poeira durante grande parte do ano. O custo da irrigação da terra prometida foi a perda da terra prometida da Rã Pintada da Palestina.


Para saber mais

The extinct website


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