Origem
Como em diversas raças, a origem do Coton de Tulear é bastante obscura. Entretanto, todas as versões estão ligadas à ilha de Madagascar. Uma versão mais romanesca defende que o Coton descende de cães naufragados de navios franceses na costa de Madagascar (caçadores de ratos e cães das damas que viajavam). Estes cães teriam se acasalado entre si e formado uma nova raça.
Conta-se mesmo uma linda história: "No século XVI, diversas variedades de bichons navegavam em navios europeus. Grandes veleiros de comércio, possantes navios de guerra, rápidas embarcações de piratas e corsários. Alguns destes bichons ficavam nas cabines das belas da época, no seu papel de pequeno companheiro de luxo. outros pequenos cães, menos sortudos, ficavam no porão do navio encarregados de caçar ratos. No largo de Madagascar os piratas atacaram um navio de comércio onde estava uma dama de grande beleza, acompanhada de suas pequenas queridas bichons "Belle", "Bijou" e "Trésor". Seguido a batalha e a uma tempestade os dois barcos naufragaram e não restou nenhum sobrevivente, a não ser as cachorrinhas da Dama e, do navio pirata, um pequeno vagabundo, "Brigand", caçador de ratos. Todos eles chegaram na ilha e, a natureza fazendo sua parte, tiveram lindo filhotes... cotons. Eles herdaram a vivacidade de seu pai e a delicadeza de suas mães".
Mas a versão mais aceita de sua origem é, segundo M. Petit, Presidente da sociedade canina de Madagascar, que os europeus que colonizaram a ilha levaram junto seus pequenos animais de companhia, Dentre os quais o bichon, o bedlington e o espanhol anão continental. Estes acabaram por se misturar com os cães locais, os quais o geógrafo e governador Etienne de Flacourt descreveu em 1653 como "pequenos cães de focinho longo e pernas curtas como raposas. Alguns são brancos e têm orelhas curtas".
Enfim, a única certeza é que a raça apareceu em Madagascar. Provavelmente descende de bichons trazidos da Europa e de cães locais. Após esta mistura a raça teve que enfrentar quatro séculos (de 300 a 400 gerações) de seleção natural e se adaptar a rudes condições de vida. Sobreviveram os cães mais adaptados, de pelo branco e de textura de algodão para garantir uma isolação térmica indispensável àquele clima.
Um fato bastante comentado sobre o coton de Tulear é como ele escapava dos crocodilos em sua terra natal, Madagascar. Segundo a lenda para cruzar um rio ele tinha que enganar os crocodilos. Primeiro eles achavam o local ideal para atravessar, em seguida o chefe da matilha ia até um local onde o rio fosse mais largo e atirava a atenção dos crocodilos. Em seguida ele volta ao grupo e todos atravessam o rio em segurança. Segundo o Sr. Petit, ainda hoje, "cotons" meio selvagens utilizam esta artimanha na ilha de Madagascar.
O Coton foi primeiro descoberto pela França, país onde até hoje, ele é mais difundido e reconhecido nas ruas. Seu padrão inclusive situa o início da raça com sua chegada em solo francês em 1977.
No início de sua criação selecionada a raça sofreu um grande dano quando especuladores traziam qualquer cão da Ilha de Madagascar dizendo que seriam verdadeiros Cotons. Estes cães muitas vezes não estavam dentro do padrão e eram trazidos em péssimas condições para o cão. Outro grande dano a raça foi quando alguns "criadores" vendiam malteses ou bichons com defeitos como sendo cotons de Tulear. Este último dano foi mais grave, pois os falsos "cotons" vindos de Madagascar tinham pelo menos sofrido uma severa seleção natural, e eram cães fortes, sem problemas de saúde, assim como os verdadeiros Cotons. Já os maus exemplares de maltês ou bichon traziam uma carga genética contendo cruzamentos não selecionados. Felizmente a raça superou tudo isso.
O Coton é um cão de pequeno porte, de 3,5 a 6 kg e medindo entre 25 e 28 cm, de acordo com o sexo. Sua pelagem é espessa e branca, podendo ter pequenas sombras cinzas ou amarelas, principalmente nas orelhas. Seu longo pêlo (devendo ter 8cm de acordo com o padrão) tem a textura do algodão (de onde vem seu nome, pois coton é algodão em francês) e o protege do calor e do frio. O Coton de Tulear é um cão de boa saúde devido a rigorosa seleção natural sofrida em Madagascar e tem expectativa de vida em torno de 15 anos.
O pêlo do Coton de Tulear deve, de acordo com o padrão, ter no minino 8 cm, mas o que se vê nas exposições são pelos muito maiores. Esta bela pelagem exige certos cuidados sem os quais os cotons se tornariam pequenas bolas de nós.
Nos filhotes os cuidados não são muitos, mas devem ser feitos de maneira religiosa para que ele se acostume desde cedo a ser manipulado e embelezado. A escovação deve ser feita de maneira correta porque os menos experientes podem pensar o pêlo foi desembaraçado quando ainda restarão nós perto da pele. Uma vez os nós aparecidos podem chegar ao ponto de ser necessário tosa-los a máquina o que arruinaria o pêlo e sua textura de algodão.
Os cuidados cotidianos (que duram cerca de 15 minutos) consistem em uma escovação, em seguida passar um pente de dentes largos, e um pente de dentes médios, fazendo o possível para não arrancar muitos pêlos. Para finalizar passe um pente fino, chamado de pente de pulgas (para retirar as pulgas). Pronto, seu coton já estará completamente livre de possíveis nós. Nunca deixe de penteá-lo por um longo espaço de tempo, mesmo que você nunca tenha encontrado um nó em seu coton. Poucos dias sem os cuidados necessários podem provocar danos irreparáveis a sua linda pelagem, sendo a tosa a última opção possível.
Outro ponto importante é de nunca dar banho sem antes escová-lo. O banho pode ser muito freqüente (uma vez por semana) como nos cães de exposição ou bastante mais espaçados, ou seja, mensalmente.
Lembramos, ainda, que se o cão é penteado frequentemente demorará mais para parecer sujo e precisar de um banho. A utilização de um secador é recomendada, mas nunca em temperaturas muito elevadas ou muito perto do pêlo.
Comportamento
Entretanto, recentemente foram notados desvios de comportamento, com cães agressivos com os donos. A maioria dos cães apresentando estes desvios tinham donos que não deram a educação adequada, ou seja, não foram firmes o bastante.
No Brasil
Canil Allevamento di Bensdorp
Canil Amur Ashar
Canil Degremont
Canil Thames River
Para saber mais
Cotons de Montarville
Coton de Tulear - Cartoonland
The Dog's Times
O coton de tulear é o típico cão de companhia: alegre, esportivo, vivo e brincalhão. O coton não é uma das raças mais fáceis de se educar. Ele necessita de um dono de pulso firme, que saiba se fazer respeitar.
Por outro lado é um cão que adora ser acariciado e tem grande amor pelo seu dono. Não é um cão que se adapte facilmente à solidão.
Apesar de seu pequeno tamanho precisa de exercício. Ele pode com certeza se acostumar a vida em apartamento contanto que o seu dono o exercite para que ele queime toda sua energia.
Ele é também um ótimo cão de alerta e, porque não, de guarda. Este pequeno cão pode defender muito bem seu território frente a estranhos. Até seu dono sinalizar que o estranho é um amigo ele não parará de latir e de ficar entre o estranho e seu dono.
É também um ótimo cão com crianças, brincando com elas e sendo de extremamente paciente. Com outros cães ele se porta como líder, por isso é aconselhável ficar sempre de olho. Se o outro cão o aceitar como chefe, não terá problema algum. Ele também é muito amigável com outros animais, com a exceção de patos, galinhas e pássaros. Mas será muito feliz ao lado de um gato ou um coelho.
No Brasil
Canil Allevamento di Bensdorp
Canil Amur Ashar
Canil Degremont
Canil Thames River
Para saber mais
Cotons de Montarville
Coton de Tulear - Cartoonland
The Dog's Times
Agradecemos especialmente ao Canil Coton de Montarville pelas lindas fotos de seus cães.
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